O Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento no âmbito do cumprimento da sua missão que é de contribuir para a Paz, Justiça Social, Democracia e promoção de um Desenvolvimento sustentável e endógeno, tem vindo a acompanhar com grande atenção a acção governativa do actual governo, mormente, as acções do Ministro da Administração Interna Major Baciro Dabo.
O Movimento registou algumas acções positivas do Ministro da Administração Interna, nomeadamente no que tange ao combate à criminalidade, combate ao narcotráfico e afectação de meios matérias às estruturas do seu pelouro.
As acções do género são de elogiar e encorajar o seu prosseguimento com vista à criação de um ambiente de Paz e Segurança, aliás, constitui uma das obrigações do governo, afim de garantir o investimento privado e a confiança dos investidores estrangeiros, por forma a contribuir para a retoma do país e, consequentemente, o seu desenvolvimento.
Não obstante os aspectos positivos mencionados da acção governativa por parte do Ministro da Administração Interna, o Movimento manifesta alguma preocupação face a certas acções, nomeadamente, ofertas de grandes somas de dinheiro a terceiros em comícios realizados.
Perante estes factos o Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento questiona:
1.Será que os fundos que estão sendo ofertados provêm do tesouro público com as devidas autorizações?
2. Será que estamos perante a pré campanha ou campanha eleitoral?
Assim, o Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, convida a Sua Excelência o Senhor Primeiro Ministro no sentido de informar aos guineenses a proveniência desses fundos.
O Movimento repudia a forma e a circunstância das ofertas realizadas, na medida em que é contrária aos princípios de Boa Governação e da racionalidade, visto existirem outras prioridades na governação, nomeadamente o pagamento de vários meses de salários em atraso aos funcionários públicos, resolução do problema da energia eléctrica e água potável, sobretudo na cidade de Bissau, que segundo a EAGB, tem a ver com a falta de liquidez para a compra de gasóleo.
Estes fundos podiam bem servir para fins acima mencionados, assim como equipar a Policia Judiciária que se encontra sem meios para as suas acções de combate ao crime organizado.
Bissau, 13 de Agosto de 2007
O Presidente
Jorge Gomes